EDUCAR PARA OUVIR
Educação, Direitos, Esportes, Inclusão, Exclusão, Cidadania e DEFICIÊNCIA AUDITIVA. INFORMAÇÕES para Pais e Portadores de Defic. Auditiva, Professores, Terapeutas ou para quem deseja se inteirar sobre o assunto.
domingo, 8 de setembro de 2013
A obra Centros de Reabilitação Auditiva – São Paulo de Luciana Pelosini foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada. Com base na obra disponível em http://www.acessibilidadetotal.com.br/centros-de-reabilitacao-auditiva-sao-paulo/
terça-feira, 11 de setembro de 2012
TABELA DE DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIA-LA
ESSE FINAL DE SEMANA, PARTICIPEI DE DOIS CURSOS no
CONGRESSO SANTA MÔNICA FITNESS & WELLNESS
NA CIDADE DO- RIO DE JANEIRO
E aqui vai essa tabela de desenvolvimento da Linguagem, para que nós professores possamos criar atividades que possam contribuir com o desenvolvimento integral de nossos alunos durante as aulas.
- APRENDIZAGEM DA NATAÇÃO, com o Prof. Dr. Luis Fernando Kruel e o
Prof. Ms. Marcelo Massaud; - A PSICOMOTRICIDADE COMO BASE PARA A FORMAÇÃO EDUCATIVA, com a Profª. Ms. Renata Rodrigues (minha coordenadora na Cia Athletica - Rio de Janeiro) e o Prof. Ms. Ricardo Alves.
É COM MUITA SATISFAÇÃO QUE AJUDO A DIVULGAR O LANÇAMENTO DO LIVRO ACIMA.
ESSA É A TERCEIRA EDIÇÃO DO LIVRO:
SURDEZ, E OS FATORES QUE COMPÕEM O MÉTODO "AUDIO+LINGUAGEM ORAL".
INCLUE OS ESTUDOS E AS EXPERIÊNCIAS DA AUTORA NA ORALIZAÇÃO DE CRIANÇAS E ADULTOS COM DÉFICITS AUDITIVOS, UTILIZANDO AS NOVAS TECNOLOGIAS: IMPLANTES COCLEARES UNILATERAIS E BILATERAIS.
AUTORIA DA AMIGA E PARCEIRA, JORDELINA MONTALVÃO CORRÊA.
AH! E EU NÃO POSSO ESQUECER ...
NO DIA DO LANÇAMENTO, ALÉM DA PALESTRA COM A JORDELINA, TAMBÉM ESTARÁ PRESENTE O MÉDICO E AMIGO, ANDERSON SOUZA.
UM DOS RESPONSÁVEIS PELAS CIRURGIAS DE IMPLANTE COCLEAR, NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO.
EU, A GIULIA E JULIO JÁ ESTAMOS CONFIRMADOS.
SIMPÓSIO CAMINHOS DA INCLUSÃO
QUE OPORTUNIDADES ESTAMOS OFERECENDO AOS SURDOS.
Outro Simpósio interessante, dentro do nosso tema.
A responsável é uma colega, Profª. Vivian M. Rumjanek.
A ser realizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro em 26, 27 e 28 de Novembro deste ano.
Não há taxa de inscrição e para fazê-la basta escrever para jmary@bioqmed.ufrj.br .
Quem quiser apresentar poster deverá enviar um resumo (seguindo as
instruções do formulário de inscrição que será enviado por Jacqueline
Mary) até dia 1 de Outubro.
Em
anexo encontra-se o folder de divulgação com uma programação provisória
(já houve algumas alterações e teremos mais apresentadores).
Informações também no FACEBOOK Projeto Surdos.
Vivian M Rumjanek
quarta-feira, 11 de julho de 2012
domingo, 27 de maio de 2012
Quem nos Salvará ?
Por Luciana Pelosini - 24 de maio de 2012
Olá, Bom dia!
Vocês já pararam para pensar a quantos anos acumulam-se os problemas da Área Educacional no Brasil?
Quando me deparo pensando e sonhando que um dia tudo isso possa mudar, fico indignada por saber que existem pessoas que viveram suas vidas inteiras no Brasil, trabalharam e se aposentaram como Educadores. Até hoje assistem, quase que os mesmos problemas de décadas atrás.
Entra governo, sai governo. Entra presidente da república, sai presidente da república. Entra ministro e sai ministro. E nada, nunca se modifica.
E a bandalheira continua.
Tentam elaborar programas educacionais com as mesmas fachadas, pois o problema fundamental nunca é resolvido. Passados quase uma década, muda-se o governo e muda-se o programa educacional, mas o foco do problema nunca é visto.
As regiões do Brasil que apresentam problemas graves como: aldeias indígenas, interior dos estados da região norte e nordeste etc. não são os que mais apresentam déficits.
Pois vamos comparar algumas situações: as regiões aonde o acesso é difícil para alunos, professores e funcionários, existem problemas sociais, culturais e de infraestrutura torna-se fácil a explicação quanto à investimento.
Mas se tomarmos como exemplo, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Locais aonde a infraestrutura é diferenciada de qualquer outro do país, como se explica então, a falta de prédios adequados, de quadras poliesportivas para a prática da Educação Física, materiais didáticos aos professores, condições dignas de trabalho, má remuneração dos funcionários, etc.?
Enquanto isso, no Congresso Nacional e na CPI do Cachoeira, discute-se mais uma quadrilha que rouba dinheiro público.
A cada dia, essa situação me impressiona mais, parece até palhaçada. Um país que tem na sua agenda de eventos, a Olimpíadas e a Copa do Mundo de Futebol, não ter escolas com infraestrutura, professores remunerados adequadamente e nem sequer quadras para a prática esportiva.
Mas aqui no Rio de Janeiro teremos Metrô, pontes, ruas e avenidas para chegar às escolas, apesar de faltar prédios para acomodá-las.
Teremos também locais para as competições … Mas não conhecemos sobre os esportes e como se compete determinadas modalidades …
Teremos ruas e transportes, mas não darão acesso as pessoas com deficiência.
Um abraço á todos até a semana que vem,
Luciana Pelosini
A obra Quem nos Salvará ? de Luciana Pelosini foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada. Com base na obra disponível em http://www.acessibilidadetotal.com.br/quem-nos-salvara/
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Entendendo o processo de oralização
Por Luciana Pelosini
Como é difícil fazer com que a nossa sociedade compreenda as necessidades dos surdos e inacreditavelmente se ele for oralizado.
Aliás, vamos explicar direitinho o que significa: oralização e bilingüismo, porque a maioria das pessoas também não entende quando falamos isso.
Dessa forma criei esse organograma para tentar explicar um pouco mais:
Surdo oralizado é o deficiente auditivo que optou pela Língua Portuguesa escrita e falada. Usualmente, utilizam aparelhos de amplificação sonora (aqueles aparelhos que estamos acostumados a ver) e são chamados de Aparelhos AASIs.
Hoje existe uma nova tecnologia de aparelhos auditivos chamados de Implantes Cocleares. Esses aparelhos possuem um dispositivo que é colocado internamente na cóclea (através de cirurgia), chamado de eletrodo. Possui um dispositivo externo chamado de decodificador de fala, um microfone e um imã que tem a finalidade de transferir o sinal recebido para o eletrodo dentro da cóclea.
O período crítico do desenvolvimento auditivo vai do nascimento aos 3 anos, com algumas pequenas diferenças entre cada indivíduo.
Dessa forma, esse é o período ideal para se iniciar a terapia de oralização
Estudos neurocientíficos comprovam que nesse período, de o a 3 anos, há uma maior probabilidade de plasticidade neuronal da área auditiva dando condições para que novas ligações sinápticas sejam criadas no cérebro, a partir, da estimulação auditiva através de aparelhos de AASIs ou Implantes Cocleares.
Porém, muitas dessas crianças não são implantadas no início desse período, que seria entre 1 e 2 anos. E isso causa um retardo no desenvolvimento auditivo e lingüístico das mesmas.
Porém, quem se relaciona com essas crianças percebe que as mesmas possuem um desenvolvimento cognitivo normal e um pequeno retardo do desenvolvimento psicológico.
Ou seja, parece que o fato delas ficarem em privação auditiva por cerca de 2 anos e apresentarem um atraso no desenvolvimento da fala, causa um pequeno retardo no desenvolvimento psicológico comparado com crianças da sua idade.
O que significa dizer que elas possuem atitudes um pouco mais infantilizadas para a faixa etária delas.
Se analisarmos isso, entenderemos que, pelo fato dessas crianças não ouvirem elas passam por uma privação da fase de ninar através das cantigas de ninar das mães; das historinhas contadas para dormir; das fases de troca de fonemas no início da fala, etc.
Mas curiosamente, ao começarem a ouvir, querem vivenciar todas essas fases que passaram sem ouvir. Comprovando a tese de que nosso desenvolvimento psicológico necessita da vivencia auditiva.
Por isso, muitas crianças deficientes auditivas apresentam uma infantilidade mais acentuada. Mas outra curiosidade é que, se estimuladas corretamente, ao alcançarem um determinado nível de linguagem, conseguem se igualar ao desenvolvimento psicológico normal para a sua faixa etária.
Gostaria de destacar que, mesmo apresentando essa necessidade de vivenciar aquilo que não puderam ouvir durante uma determinada fase do desenvolvimento, essas crianças não apresentam nenhum problema de atraso cognitivo, a não ser, que a partir dos 7 anos seja diagnosticado mais alguma deficiência.
Por isso, ao se deparar com uma criança deficiente auditiva oralizada, usuária de implante coclear ou AASIs, não haja como se ela tivesse um atraso cognitivo. A grande dificuldade que ela está sentindo, ao se comunicar com você, é apenas auditiva, o seu cérebro está decodificando o tom da sua voz e isso às vezes demora alguns pequenos segundos.
Um grande abraço a todos e até a semana que vem,
Luciana Pelosini.
A obra Entendendo o processo de oralização de Luciana Pelosini foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada. Com base na obra disponível em http://www.acessibilidadetotal.com.br/entendendo-o-processo-de-oralizacao/
segunda-feira, 23 de abril de 2012
O outro link que não quer aparecer na postagem anterior é esse
http://www.youtube.com/watch?v=D1VjZAYTlOs&feature=related
Abraços,
Luciana.
Atividade Física e Reabilitação
Por Luciana Pelosini- 19 de abril de 2012
Postado em: Acessibilidade Moral, Artigos, Brasil, Destaques, Educação, Esporte
Por Luciana Pelosini
Bom dia a todos,
Quantos de nós ouvimos, constantemente, o depoimento de pessoas conhecidas sobre o fato de terem saído do sedentarismo e feito a opção pela prática de alguma atividade física.
E a frase é: “Hoje sou outra pessoa”.
Quem não gosta ou nunca praticou alguma atividade física constante, pensa logo em seguida: “Até parece que a pratica da atividade física muda uma pessoa.”
Nesses meus, deixe-me ver, 19 anos de profissão. Assisti e participei de muitas histórias como essas. Mas esse não será um texto como todos os outros, que tem o objetivo de te convencer da pratica de exercícios físicos como melhora da sua condição geral de vida.
Os relatos que eu possuo sobre, como uma atividade física pode mudar a sua vida. São inúmeros e então eu resolvi escrever algumas aqui.
Trabalho com natação desde 1990, então são 22 anos. Comecei a dar aula antes de me formar em Educação Física. Sem contar o tempo em que eu era a aluna, que teve inicio em 1980, quando eu tinha 9 anos. Então na verdade, essa paixão pela água já tem 32 anos.
Como na maioria dos casos, eu também fui levada a praticar natação como forma de reabilitação, para a melhora dos meus níveis glicêmicos, por causa do diabetes.
E isso me trouxe uma experiência muito grande na relação, professor x aluno, reabilitação x respeito, cordialidade.
E então, ali eu descobri algo que me fazia muito bem.
A atividade física, quando bem orientada, é capaz de funcionar como terapia psicológica, como terapia moral, como terapia sócio-integradora, como terapia sócio-educativa etc.
A atividade esportiva torna-se tão apaixonante que também vemos a construção e a desconstrução desses conceitos, quando o indivíduo acredita possuir um potencial superior aos outros e deixa que seu “Ego” passe a dominá-lo, agindo de forma extremamente egocêntrica e egoísta.
Dessas duas formas de contribuição: construção e desconstrução de conceitos morais, cada um de nós possui um exemplo na nossa memória. Somos capazes de identificar atletas que conseguiram construir conceitos morais e reproduzi-los e na contramão vemos também inúmeros atletas que deixaram o seu “Ego” predominar e em contrapartida, atitudes que demonstram claramente a desconstrução desses mesmos conceitos, acreditando possuírem mais direitos que todas as outras pessoas.
Mas prefiro deixar aqui a lembrança de grandes momentos de construção:
•Alunos de terceira idade com problemas motores graves, que acreditavam nunca mais poder retomar atividades normais do seu cotidiano e que chegaram ao patamar de não só retomarem os movimentos motores, como também ganhar auto-estima, prazer, realização, paciência, convívio etc.
•Atletas que durante a sua vida de treinamento nunca acreditaram neles mesmos e que hoje são professores ou técnicos de outras modalidades esportivas e treinam milhares de alunos;
•Crianças que apresentavam medo do meio aquático (medos inconscientes), que, no entanto nunca tinham sofrido qualquer trauma na água. Curaram-se dos seus medos, através de exercícios pedagógicos da modalidade e depois de tomada a confiança no professor contavam naturalmente outro episódio de medo causado por outros fatores. (transferência de medo). ETC…
O mais difícil é reconhecermos que não somos ninguém sozinho, somos apenas parte de um todo.
E por favor, hoje é dia 19 de abril, Dia do Índio!! Não se esqueça de dizer isso aos seus filhos.
E em comemoração a data, gostaria de deixar uma dica para o final de semana. Assistam o filme Xingu, lindo !! A luta dos irmãos Villas Boas pelos direitos dos nossos índios e pela criação do Parque Nacional do Xingu, que hoje está passando novamente pelas mãos dos políticos brasileiros, com a criação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Para quem se interessar em saber o que a criação da Usina causará ao Parque Nacional do Xingu, aqui vão dois links:
http://www.youtube.com/watch?v=D1VjZAYTlOs&feature=related
http://www.infoescola.com/geografia/usina-hidreletrica-de-belo-monte/
E para que todos possam lutar contra a criação da Usina de Belo Monte.
Divulgue essa idéia, pois como disse anteriormente não somos sozinhos, somos parte de um todo.
Um grande abraço a todos vocês e até a semana que vem.
Luciana Pelosini.
A obra Atividade Física e Reabilitação de Luciana Pelosini foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada. Com base na obra disponível em http://www.acessibilidadetotal.com.br/atividade-fisica-e-reabilitacao/
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Para quem desejar se inteirar mais profundamente sobre o uso de medicamentos ototóxicos, detecção e diagnóstico para deficiência auditiva.
Apresento a seguir, um trabalho realizado na Pós graduação em Neurociência, em 2010, para o módulo de Bioquímica, Prof. Renato de Paulo, Phd.
O qual foi realizado com a colega Daniely Pinheiro Pimentel
Deixando claro que todas as informações aqui contidas possuem embasamentos teórico-científicos e que os locais e artigos nos quais as pesquisas foram baseadas, estão citados no texto e na bibliografia, caso necessitem realizar algum tipo de pesquisa.
Esse trabalho foi baseado no artigo: Efeitos ototóxicos na audição de neonatos. Efeitos de famácos ototóxicos na audição de recém-nascidos de alto risco. Rev. Soc. Bras. Fonoaudiologia, 2010
Marília Fontenele e Silva CâmaraI; Marisa Frasson de AzevedoII; José Wellington de Oliveira LimaIII; Edi Lúcia SartoratoDisponível no endereço:
Abraços,
Luciana Pelosini.
Fatores de Risco, Vamos nos informar sobre eles.
Por Luciana Pelosini- 12 de abril de 2012
Postado em: Acessibilidade Moral, Artigos, Brasil, Destaques, Educação, Esporte
Por Luciana Pelosini
Boa tarde,
Vamos falar hoje de um assunto bastante delicado em relação aos fatores que podem causar a deficiência auditiva.
Quero ser bastante clara e criteriosa ao falar sobre esse assunto, pois os estudos e pesquisas científicas realizadas até o momento demonstram uma heterogeneidade de fatores (a existência de vários fatores) que podem ocasionar a deficiência auditiva.
E a minha preocupação, publicando essa matéria, é essencialmente informar aos pais que estão passando por esse problema, quais são os fatores que eles podem considerar risco para o feto que ainda irá nascer ou para os bebês recém nascidos que estão passando por essas situações.
Um dos principais fatores apontados pelas pesquisas são os nascimentos pré-termos ou prematuros. Bebês que nascem antes do tempo determinado possuem mais probabilidade de apresentar um déficit auditivo posteriormente.
Outro fator bastante conhecido é a Rubéola adquirida pelas mães durante a gestação. E esse é um fator bastante claro para o diagnóstico da deficiência auditiva do bebê. Podendo inclusive se determinar quais foram as áreas auditivas afetadas e o grau estimado de perda auditiva.
E por fim e não sendo o último fator, o uso de medicamentos chamados de aminoglucosídeos nos primeiros meses de vida dos bebês. Esses medicamentos são à base de Estreptomicina, Neomicina, Canamicina, Gentamicina, Tobramicina, Amicacina e Netilmicina.
Existem ainda outros fatores: hereditariedade, meningite, icterícia neonatal etc.
Quando chegarmos aos Centros de Audiologia, no qual encontramos diversas crianças e pais que passaram pelos mesmos problemas, o que verificamos é um grande número de crianças nascidas prematuras que foram medicadas com um desses medicamentos.
Mas curiosamente, todas essas crianças que foram diagnosticadas com esses medicamentos a base de aminoglucosídeos não passaram ou foram indicadas para uma triagem auditiva, após o uso dos mesmos. E esse então é um fator agravante.
Pois, se existem fatores que indicam que esses medicamentos podem ser ototóxicos (tóxicos às áreas auditivas), nós não podemos contestar a indicação de tratamento através dos mesmos. Mas podemos contestar o porquê de alguns médicos não indicarem estes bebês para a triagem auditiva, retardando o diagnóstico e a reabilitação.
Um depoimento real, sobre o uso de medicamentos a base de aminoglucosídeos e a não indicação para uma triagem auditiva, poderia ser o da minha filha.
O parto foi realizado na 36ª semana de gestação, por conseqüência do diabetes da mãe. Ela nasceu com 2, 950kg e 49cm. Após a alta médica foi indicado o uso de Amicacina em uma dosagem superior ao recomendado e não foi em momento algum indicado a triagem auditiva. Não foi explicado durante a alta que o medicamento era ototóxico, apesar de ter sido questionado, por mim, a necessidade do uso do mesmo.
A Giulia foi um bebê prematuro de 36 semanas, que teve Icterícia Neonatal e passou pelo uso de medicamento a base de Aminoglucosídeo. Todas as indicações para que se recomendassem uma triagem auditiva.
A conclusão disso é que ela foi diagnosticada como deficiente auditiva apenas aos 12 meses, apesar de haver suspeita desde os 7 meses, quando ela apresentou uma infecção de ouvido médio.
Como eu disse anteriormente, a intenção dessa coluna não é indicar fatores causadores. Os pais estando informados das prevenções que devem ser tomadas, antes e após o nascimento, embasados em informações e pesquisas científicas recentes, constituem fatores importantíssimos para se estabelecer uma conversa sincera com os médicos responsáveis. E essa é uma maneira de se traçar quais serão os passos a serem percorridos, sem prejuízos para nenhum lado.
O que não podemos aceitar é a falta de informação aos pais quanto aos riscos que o seu filho recém nascido está passando.
E a falta de informações para que possamos reabilitá-los e dar-lhes condições melhores de se integrarem à sociedade o mais rápido possível.
Um forte abraço à todos,
Luciana Pelosini.
A obra Fatores de Risco, Vamos nos informar sobre eles. de Luciana Pelosini foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição - Uso Não Comercial - Obras Derivadas Proibidas 3.0 Não Adaptada. Com base na obra disponível em http://www.acessibilidadetotal.com.br/fatores-de-risco-vamos-nos-informar-sobre-eles./
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