sábado, 13 de março de 2010

A nossa história. Vou contar brevemente a nossa história. Essa história faz parte de um livro que pretendo lançar. Ele ainda não está terminado, pois preciso ainda finalizar alguns raciocínios sobre a conduta da triplice aliança: escola, família e fonos. Mas na verdade esse livro fala sobre uma Tese Educacional, diriamos: "Inclusiva". Mas como já dito na minha postagem anterior: NÃO ACREDITO NA PALAVRA INCLUSÃO. A princípio choca, mas ao ler o livro vocês terão a idéia de como tudo começou. Contarei aqui então, uma breve história. Defendo a não utilização do termos: "Inclusão" e "Surdo". As razões para tais raciocínios vem de experiências de vida, experiências profissionais e experiências como mãe. Mas ao contrário do que vocês estão imaginando, isso tudo não iniciou com o nascimento da minha filha e posteriormente a descoberta da Deficiencia Auditiva. Tudo começou com experiências de cerca de 25 anos antes do nascimento dela. Tudo começa a se concretizar, com a não efetivação do nascimento de 4 gestações e com o feliz nascimento dela. Essas perdas se deram em intervalos diferentes: uma anterior ao nascimento dela e dois passados seis anos do seu nascimento. Mas como dito, a história começou à 29 anos atrás. Aos 9 anos, fiquei diabética. E com o diabetes o meu aprendizado sobfre "Inclusão", cidadania, respeito, educação e esportes começam a se concretizarem. A minha primeira gestação foi aos 26 anos, quando eu ainda não estava casada. Casei aos 27 anos e a segunda gestação veio aos 28. A história começa a ser escrita com mais anseios. Eu estava grávida de uma menina e o seu nome é Victória (apesar de não ter nascido). Ela faleceu na 38ª semana de gestação. Passados 2 anos de tratamento, aos 30 anos, engravidei novamente. Foi uma linda e preparada gestação. Nasceu a Giulia e em decorrência da gestação anterior foi prescrito, logo após o seu nascimento, um antibiótico AUTOTÓXICO chamado AMICACINA. Que foi administrado em 10 doses nos primeiros 10 dias de nascimento dela. Após 8 meses, descobrimos que a Giulia era Deficiente Auditiva Bilateral Profunda. Começa aqui então a fase de fechamento sobre a Teoria Educacional na qual defendo. Ela iniciou o uso de aparelhos auditivos AASI (não me recordo se é assim que escreve, se não for alguém me corrija), aos 9 meses. Iniciamos o processo de pesquisa para identificar se ela era candidata ao Implante Coclear, no Hospital de Reabilitação Craniofacial da USP/Bauru quando ela completou 1ano. Só que a Giulia foi implantada somente aos 2 anos e 8 meses, devido a três fatores: 1- O Programa de Implante Coclear do Centrinho estava fechado naquela época, mas a Giulia já estava inscrita em Campinas e em Porto Alegre. Estavamos aguardando a chamada; 2- Complicações com Otites de repetição, as quais tiraram-na de condição de cirurgia mais de 3 vezes; 3- Ela entrou três vezes efetivamente para a cirurgia. E somente na terceira tentativa é que foi concretizada a operação. Graças aos grandes profissionais do CENTRINHO. Sou gabaritada lá pra dizer isso !!! Passado 2 anos de Implante Coclear os resultados da Giulia eram satisfatórios, mas houveram grandes problemas nesta época e que conseguimos identificar somente agora. Problemas que todos nós pais passamos: rejeição, família, escola, fonoaudiologia e "Inclusão" ou "Exclusão" de várias formas, sentidos e cores. Percebidos claramente por nós e ás vezes até desapercebidos. Por isso, as minhas palavras se dirigem à Escola, aos Professores, aos Médicos, aos Profissionais de Saúde e principalmente à vocês PAIS, MÃES e DEFICIENTES AUDITIVOS. Palavras e instruções de alertas, sempre, sempre atentos. Hoje a Giulia tem 7 anos, fala muito bem, é independente. Sabe se colocar e raramente ao não ser compreendida ou não compreender o que os outros falam, ela é capaz de sózinha repetir o que falou, para que o outro compreenda. E às vezes troca as palavras que utilizou para poder ser compreendida. Pede para que a outra pessoa fale mais devagar ou mais alto, pois ela não conseguiu entender. Se persiste o não entendimento, ela explica para a outra pessoa que utiliza um dispositivo de audição por isso a mesma tem que falar mais pausadamente. O que as outras pessoas acham incrível, o seu raciocínio e a sua inibição em dizer o que precisa para ser entendida e entender. Bom são muitas e longas histórias que iremos contar aqui. Espero que eu tenha começado a contribuir para ajudar alguém. Por favor,deixem os seus comentários logo abaixo no ícone COMENTÁRIOS, ok! Vou adorar saber o que vocês estão achando e sber a sua história também. Abraços até amanhã, Luciana.

Um comentário:

  1. Lú, parabéns !!!! Amei !!! Como vcs estão??? Lembra de mim ? Edimara - NElson Monteiro Palma.
    bjus e boa sorte

    ResponderExcluir

Deixe aqui o seu comentário, muito obrigada.
Luciana Pelosini