quarta-feira, 31 de março de 2010

Bom dia, Bom, primeiro peço desculpas ás pessoas que estão acompanhando o Blog. Faz um tempinho que eu não entro, mas acreditem foi proposital. São duas notícias que me bombardearam e então resolvi amadurecer os meus pensamentos para que depois pudessemos conversar com mais sensatez e responsabilidade. A PRIMEIRA E ÚNICA DURANTE TODA ESSA SEMANA, ÓBVIAMENTE QUE NÃO FOI SÓ PARA MIM, TENHO CERTEZA DISSO, FOI: 1 - "O CASO ISABELA"; O segundo, que também tem a sua com importância para refletir-mos, foi: 2 - "Os crimes de pedofilia que foram divulgados na mídia, cometidos por um padre em cerca de 200 CRIANÇAS SURDAS". Acho que os dois casos são importantes para discutir-mos várias questões. Porém, acima de qualquer uma, identifico a questão EDUCACIONAL. Como assim? Vocês devem estar se perguntando. Como iremos discutir problemas educacionais no "Caso Isabela"? Iremos refletir sobre os problemas educacionais que levaram o pai e a madrasta praticar o crime? Não. Iremos discutir as circunstâncias de vida, pela qual essa criança estava sendo obrigada a conviver. E as circunstâncias de MILHARES DE CRIANÇAS, que hoje sobrevivem nessas mesmas condições, sem que os próprios pais percebam. QUE O CASO DA ISABELA VENHA NOS AJUDAR A RACIOCINAR SOBRE OS CAMINHOS IMPENSADOS DAS NOSSAS ATITUDES E DAS ATITUDES DE NOSSOS FILHOS, QUE ESTÃO E SERÃO VÍTIMAS DE UM SISTEMA EDUCACIONAL, TANTO FORMAL QUANTO INFORMAL, INEFICIENTE. E QUE, CONSEQUENTEMENTE E NÃO RARAS ÁS VEZES CULMINAM NO EPISÓDIO TRISTE QUE A DOIS ANOS INVADIU O NOSSO LAR. QUE O CASO DAS CRIANÇAS SURDAS QUE FORAM ABUSADAS SEXUALMENTE POR PADRES, SEJA O CAMINHO PARA COMEÇAR-MOS A RACIOCINAR TAMBÉM SOBRE O SISTEMA EDUCACIONAL DOS SURDOS QUE INVADIU DE UMA MANEIRA GERAL O MUNDO E QUE NÃO O INCLUE NA ATUAL SOCIEDADE. ESTOU REALMENTE INDIGNADA E PRECISO RACIOCINAR LENTAMENTE PARA PODER ME EXPRESSAR DE MANEIRA COERENTE PARA QUE TODOS ENTENDAM E PARA QUE EU NÃO AGRIDA NINGUÉM. POIS INFELIZMENTE EU AINDA SOU SER HUMANA, CONSTITUÍDA DE ERROS, E A MINHA VONTADE TANTO EM UM CASO QUANTO NO OUTRO, É DE SAIR GRITANDO PARA TODOS OS LADOS PARA SABER: SE A SOCIEDADE E PRINCIPALMENTE OS PAIS NÃO ESTÃO CONSEGUINDO VISUALIZAR TUDO ISSO. AS MINHAS ÚLTIMAS PALAVRAS HOJE SÃO: INDIGNIÇÃO, REVOLTA, LUTA, FORTALECIMENTO, ESCLARECIMENTO E MUITA, MUITA COMOÇÃO.

sábado, 13 de março de 2010

A nossa história. Vou contar brevemente a nossa história. Essa história faz parte de um livro que pretendo lançar. Ele ainda não está terminado, pois preciso ainda finalizar alguns raciocínios sobre a conduta da triplice aliança: escola, família e fonos. Mas na verdade esse livro fala sobre uma Tese Educacional, diriamos: "Inclusiva". Mas como já dito na minha postagem anterior: NÃO ACREDITO NA PALAVRA INCLUSÃO. A princípio choca, mas ao ler o livro vocês terão a idéia de como tudo começou. Contarei aqui então, uma breve história. Defendo a não utilização do termos: "Inclusão" e "Surdo". As razões para tais raciocínios vem de experiências de vida, experiências profissionais e experiências como mãe. Mas ao contrário do que vocês estão imaginando, isso tudo não iniciou com o nascimento da minha filha e posteriormente a descoberta da Deficiencia Auditiva. Tudo começou com experiências de cerca de 25 anos antes do nascimento dela. Tudo começa a se concretizar, com a não efetivação do nascimento de 4 gestações e com o feliz nascimento dela. Essas perdas se deram em intervalos diferentes: uma anterior ao nascimento dela e dois passados seis anos do seu nascimento. Mas como dito, a história começou à 29 anos atrás. Aos 9 anos, fiquei diabética. E com o diabetes o meu aprendizado sobfre "Inclusão", cidadania, respeito, educação e esportes começam a se concretizarem. A minha primeira gestação foi aos 26 anos, quando eu ainda não estava casada. Casei aos 27 anos e a segunda gestação veio aos 28. A história começa a ser escrita com mais anseios. Eu estava grávida de uma menina e o seu nome é Victória (apesar de não ter nascido). Ela faleceu na 38ª semana de gestação. Passados 2 anos de tratamento, aos 30 anos, engravidei novamente. Foi uma linda e preparada gestação. Nasceu a Giulia e em decorrência da gestação anterior foi prescrito, logo após o seu nascimento, um antibiótico AUTOTÓXICO chamado AMICACINA. Que foi administrado em 10 doses nos primeiros 10 dias de nascimento dela. Após 8 meses, descobrimos que a Giulia era Deficiente Auditiva Bilateral Profunda. Começa aqui então a fase de fechamento sobre a Teoria Educacional na qual defendo. Ela iniciou o uso de aparelhos auditivos AASI (não me recordo se é assim que escreve, se não for alguém me corrija), aos 9 meses. Iniciamos o processo de pesquisa para identificar se ela era candidata ao Implante Coclear, no Hospital de Reabilitação Craniofacial da USP/Bauru quando ela completou 1ano. Só que a Giulia foi implantada somente aos 2 anos e 8 meses, devido a três fatores: 1- O Programa de Implante Coclear do Centrinho estava fechado naquela época, mas a Giulia já estava inscrita em Campinas e em Porto Alegre. Estavamos aguardando a chamada; 2- Complicações com Otites de repetição, as quais tiraram-na de condição de cirurgia mais de 3 vezes; 3- Ela entrou três vezes efetivamente para a cirurgia. E somente na terceira tentativa é que foi concretizada a operação. Graças aos grandes profissionais do CENTRINHO. Sou gabaritada lá pra dizer isso !!! Passado 2 anos de Implante Coclear os resultados da Giulia eram satisfatórios, mas houveram grandes problemas nesta época e que conseguimos identificar somente agora. Problemas que todos nós pais passamos: rejeição, família, escola, fonoaudiologia e "Inclusão" ou "Exclusão" de várias formas, sentidos e cores. Percebidos claramente por nós e ás vezes até desapercebidos. Por isso, as minhas palavras se dirigem à Escola, aos Professores, aos Médicos, aos Profissionais de Saúde e principalmente à vocês PAIS, MÃES e DEFICIENTES AUDITIVOS. Palavras e instruções de alertas, sempre, sempre atentos. Hoje a Giulia tem 7 anos, fala muito bem, é independente. Sabe se colocar e raramente ao não ser compreendida ou não compreender o que os outros falam, ela é capaz de sózinha repetir o que falou, para que o outro compreenda. E às vezes troca as palavras que utilizou para poder ser compreendida. Pede para que a outra pessoa fale mais devagar ou mais alto, pois ela não conseguiu entender. Se persiste o não entendimento, ela explica para a outra pessoa que utiliza um dispositivo de audição por isso a mesma tem que falar mais pausadamente. O que as outras pessoas acham incrível, o seu raciocínio e a sua inibição em dizer o que precisa para ser entendida e entender. Bom são muitas e longas histórias que iremos contar aqui. Espero que eu tenha começado a contribuir para ajudar alguém. Por favor,deixem os seus comentários logo abaixo no ícone COMENTÁRIOS, ok! Vou adorar saber o que vocês estão achando e sber a sua história também. Abraços até amanhã, Luciana.

quinta-feira, 11 de março de 2010

O QUE UMA ESCRITORA HOLANDESA FALOU DO BRASIL LEIA COM BASTANTE ATENÇÃO Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil। Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos। Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado. Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne. Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal e tem fila na porta. Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador. Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de 'Como conquistar o Cliente'. Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos. Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa. Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc... Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais. Os dados são da Antropos Consulting: 1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial. 2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma. 3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária. 4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo. 5. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina. 6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma. 7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando. 8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês. Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas. 9. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO- 9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México , são apenas 300 empresas e 265 na Argentina. 10. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos. Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil? 1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano? 2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta? 3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais? 4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários? 5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo? 6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados? 7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem? Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando. É! O Brasil é um país abençoado de fato. Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos. Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques. Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente. Bendita seja, querida pátria chamada Brasil!! Divulgue esta mensagem para o máximo de pessoas que você puder. Com essa atitude, talvez não consigamos mudar o modo de pensar de cada brasileiro, mas ao ler estas palavras irá, pelo menos, por alguns momentos, refletir e se orgulhar de ser BRASILEIRO!!! OBSERVAÇÕES DE LUCIANA: A escritora esqueceu de comentar, mas talvez ela também desconheça, que ainda, nós Brasileiros: 1 - Somos uma das melhores potencias esportivas: formamos anualmente milhares de Técnicos Desportivos e Atletas para o mundo। 2 - Que hoje somos considerados uma potencia esportiva nos Jogos Olímpicos e UMA GRANDE POTÊNCIA NOS JOGOS PARAOLÍMPICOS. E que inclusive recentemente mais um dos nossos técnicos de desportos paraolímpicos foi chamado para compor a equipe técnica dos EUA. 3- Que somos: REFERÊNCIA MUNDIAL EM CIRURGIA E REABILITAÇÃO DE IMPLANTES COCLEARES E CIRURGIAS LABIO-PALATAIS, PELO TRABALHO REALIZADO NO HOSPITAL DE REABILITAÇÃO CRANIO-FACIAL USP/BAURU. (O QUE CARINHOSAMENTE CHAMAMOS DE CENTRINHO DE BAURU) E QUE ATÉ HOJE FORAM RAROS OS CASOS DE COMPLICAÇÕES RECORRENTES AS CIRURGIAS DE IMPLANTES COCLEARES। Acho que por hoje é só, Abraços, Luciana.

terça-feira, 9 de março de 2010

A contraditória palavra Inclusão. Bom dia, As pessoas perguntam sempre para mim: sua filha está incluída? Ela estuda em escola normal? Pois é? Inclusão... Possuo uma maneira diferente de interpretar a nomenclatura Inclusão e devo confessar que ela não me agrada. Talvez eu esteja exagerando um pouco nessa minha visão da sociedade. Mas quero ser exagerada, quero tocar no fundo dos sentimentos das PESSOAS QUE TRABALHAM COM INCLUSÃO e principalmente daquelas que ESTÃO SENDO INCLUÍDAS. Primeiramente, já batendo de primeira, utilizando um termo muito usado no futebol e que todos os brasileiros compreendem muito bem. Vou dizer que o termo “INCLUSÃO” por si só já é um termo preconceituoso. Mas não é de preconceito que esse tal termo trata? Uma pessoa que nasceu no mesmo mundo que todas as outras pessoas do mundo, deve ser incluída?. Aonde? Incluída? O termo sugere que ela nasceu em outro mundo e que está sendo incluída e aceita em outro? Inclusão é para ETES. Se um dia recebermos seres que vivam em outros planetas, aí sim poderemos fazer uma inclusão desse ser na nossa sociedade. Por enquanto não temos a presença de “Extraterrestres” (seres que nasceram fora do planeta Terra), portanto ninguém dever ser incluído em lugar algum. Simplesmente, matriculado, contratado, treinado etc. Este mundo pertence a todos que nele nasceram. Pessoas com perna, pessoas sem perna, pessoas com conceitos sociais formados, pessoas com conceitos sociais ainda não muito bem formados, pessoas que não enxergam, pessoas que enxergam parcialmente, pessoas que enxergam somente aquilo que querem, pessoas que compreendem bem a matemática, pessoas que demoram ás vezes á vida toda para entender matemática, pessoas que falam corretamente, pessoas que não conseguem falar corretamente, pessoas que não falam, pessoas que não ouvem nada, pessoas que ouvem parcialmente, pessoas que ouvem além do que deviam, pessoas que não querem ouvir, pessoas que andam com alguma dificuldade, pessoas que não andam ou pessoas que não querem andar então andam somente de carro, pessoas que não podem comer doces, pessoas que comem muitos doces mas que também não poderiam, pessoas que comem de tudo exageradamente, pessoas que deixam de comer e pessoas que comem o suficiente porque sabem que alguém no mundo vai ficar sem comer. Pessoas com todas essas diferenças e dificuldades e que todas merecem ser atendidas dentro das suas necessidades. Que essas palavras sejam a chave para a abertura de portas fechadas para Pais, Portadores de Necessidades Especiais e qualquer outra pessoa que acredite não possuir nenhuma dificuldade. Eu não acredito nesta hipótese, particularmente. O que? Pessoas que não necessitam de cuidados especiais? Quem são essas pessoas que não necessitam de cuidados especiais? Todos nós precisamos de cuidados especiais em determinados períodos da nossa vida, não é? Ou que talvez precisem no futuro, por um determinado período ou para sempre a partir de determinados acontecimentos nas nossas vidas. Não sabemos. Como vemos, no nosso mundo atual, são inúmeras deficiências que encontramos. Mas ainda existem pessoas que acreditam que existam dois mundos: o mundo dos normais e o mundo dos especiais.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Um pequeno trecho do Prefácio do meu livro: A oralização de crianças deficientes auditivas, uma realidade que o Brasil não vê: Quando comecei a escrever este livro, percebi que dentro dos conceitos que eu possuía sobre como repassar essas informações para as pessoas, existia assunto suficiente para se escrever dois ou três livros com diferentes abordagens। Mas que no final se completariam, dando idéias para iniciativas de Educação Formal (aquela atribuída á escola) e Informal (aquilo que aprendemos no convívio social: na escola, na igreja, no convívio com a família e com a própria sociedade), quando se fala em Inclusão e em Educação Especial। Na verdade, os conceitos a serem abordados dentro deste livro vêm desmistificar os conceitos atuais sobre Inclusão, Educação Especial, Esportes Paraolímpicos, Terapias de desenvolvimento, etc. Diria então, que se aprofundam ainda mais nos nossos conceitos atuais de sociabilização, aceitação e convívio. Os quais afetam diretamente a sociedade, a família, os profissionais que lidam com crianças especiais e principalmente a Escola. Resolvi no meio do livro escrever novamente o seu prefácio. E direcioná-lo especificamente á minha área de formação: EDUCAÇÃO FÍSICA. Tão carente de informações sobre as diferentes deficiências existentes e seus tratamentos. E tão completa com meios de ajudar á vencê-los. Por quê? Porque não há melhores exemplos para a sociedade como a repercussão de um evento como as Olimpíadas e as Paraolimpíadas. As quais aprofundam os conceitos sociais, culturais, históricos, geográficos, políticos, esportivos, de superações e também de fracassos na sociedade mundial. Sei que ao defender o meu conceito sobre o tema geral Inclusão, não estarei mexendo apenas com as atuais idéias profissionais. Estarei mexendo profundamente no mundo de pessoas com necessidades especiais que também se posicionaram e se posicionarão contra ou a favor dessas novas idéias. Pessoas que já se acostumaram em se autodenominar “Especiais e Incluídas”. Que se acostumaram na verdade com dois mundos. Mundos que a sociedade vêm impondo á séculos. E que hoje, algumas pessoas pertencentes ao “Mundo dos Especiais” e “Incluídas dentro do mundo dos normais”, criarão obstáculos para se igualarem. Pois afinal de contas, se eu não pertenço ao seu mundo você também não pode pertencer ao meu. Dois mundos criados para dizerem que um deles aceita e o outro para dizer que foi incluído. O meu objetivo aqui, não é apontar os erros ou os acertos, mas fazer com que pessoas com necessidades especiais, profissionais das áreas de educação e educação física, reflitam sobre esses itens que acabei de citar. Não me conformo ao ver pessoas ditas como normais elaborarem projetos para atender pessoas com necessidades especiais. Acho isso o cúmulo do FALSO MORALISMO. Ao invés de capacitar o cidadão deficiente ou ao menos perguntar-lhes quais são as suas opiniões sobre tudo o que envolve a deficiência; ao invés de dar-lhe condições de se auto - sustentar e trabalhar de maneira efetiva para reabilitá-lo. Preferem dizer que isso ou aquilo foi realizado para atender as necessidades das diferentes deficiências (sem que nenhum deficiente tenha dado a sua opinião) e finalizam demonstrando a não capacidade de escolha dos próprios deficientes . Vocês querem ver um exemplo claro disso? Vocês conhecem alguma entidade para deficientes físicos em que os mesmos são responsáveis, por exemplo, em passar as necessidades para um deficiente físico, cadeirante, ser acomodado em um novo emprego? Quem faz esse serviço geralmente são pessoas sem deficiência. E porque isso? Não existe nenhuma pessoa deficiênte físca cadeirante que possa realizar este tipo de trabalho nas instituições? Os deficiêntes físicos cadeirantes não possuem capacidade para realizar o trabalho? Não existe nenhum deficiente formado em alguma faculdade que não possa realizar esses e outros trabalhos ligados ao bem estar de pessoas como eles? Ou será que estamos ainda achando que eles não são capazes de realizar determinados trabalhos? Eu diria em uma única frase: Agarrem aquilo que é de vosso direito. Assim mostrarão a sociedade como respeitá-los. É nesse conceito que incluo então a não oralização de deficientes auditivos. Que vocês deficientes auditivos, capazes que são, consigam realizar uma construção ideológica a favor das vossas necessidades e não das necessidades que as outras pessoas que não possuem deficiência auditiva e que nunca se colocaram efetivamente no lugar de uma pessoa com deficiência auditiva acham disso tudo. Talvez eu esteja exagerando um pouco nessa minha visão da sociedade. Mas quero ser exagerada, quero tocar no fundo dos sentimentos das PESSOAS QUE TRABALHAM COM INCLUSÃO e principalmente daquelas que ESTÃO SENDO INCLUÍDAS.