domingo, 6 de junho de 2010

LIMITES....

Limite é um termo subjetivo, pois trata diretamente das considerações pessoais sobre direitos e deveres. Quais são os nossos reais direitos pessoais? E quais são os nossos reais deveres pessoais? O que vemos hoje em dia com muita freqüência, após o Brasil ter instituído os Pareceres dos Direitos da criança e do adolescente, é confundirmos DIREITOS e DEVERES. Como diz o nosso "Parecer", o Direito vem sempre acompanhado do Dever. Mas parece que alguns pais, equivocados ou desinformados, sobre os reais Direitos, acabam por confundir TUDO COMO DIREITO do seu filho. Diríamos então, que estamos formando cidadãos apenas com DIREITOS e obviamente SEM LIMITES. Essa discussão é bastante aprofundada. Já que o termo Direito e Dever é subjetivo para cada família. Antigamente, crianças sem limites eram aquelas crianças que queriam tudo que viam, que faziam bastante bagunça, que os pais perderão o comando de voz, etc. Mas hoje a NOÇÃO DE LIMITES se extendeu para além disso. Os Limites de hoje são mais extensos e perigosos, por exemplo:
  • Noções para o uso da Internet;

Hoje a informática está inserida no currículo escolar e a maioria das crianças desde pequenas possuem um computador em casa. Mas qual seria a idade ideal para se utilizar alguns recursos via Internet.

Que o conhecimento da mesma é importante hoje em dia, isso eu não tenho dúvida. Pois aliás, eu estou utilizando-a para me comunicar com vocês.

Porém existem limites a serem impostos para as crianças, por exemplo: idade adequada para os recursos disponíveis, a diferença entre aprendizado sobre informática e suas inúmeras utilizações e aquilo que está sendo exploração de menores via rede, conceitos adquiridos a partir da utilização destes recursos.

E o que vemos na maioria das vezes é um desconhecimento dos próprios pais da utilidade dos recursos disponíveis.

E em consequência disso, um abuso nos REAIS LIMITES PARA UTILIZAÇÃO DA INFORMÁTICA.

  • Perda das noções do poder aquisitivo-financeiro de seus pais e dele próprio;

Hoje, diferente de alguns anos atrás, tudo pode se comprar. Se eu não tenho poder aquisitivo para ter um computador comprado na loja, eu posso consegui-lo de formas mais baratas. Se eu não possuo dinheiro para comprar determinada marca de roupas vendidas em suas lojas especializadas, existem as OUT LET das principais marcas. Ou eu procuro um local via internet mais próximo do meu poder aquisitivo, porém com a mesma marca piratiado.

Obviamente, tudo isso tem um lado bom. Quem não possue poder financeiro para comprar na loja compra no Out Let.

Mas o que vemos hoje, são pais comprando no Out Let e seus filhos possuem as mesmas , se não as melhores marcas comparados aos filhos dos outros.

Ou seja, uma inverssão de valores passadas às crianças.

As mesmas, não possuem noção de valores financeiros, mas possuem a noção de que o pai pode comprar. Ou pior, neste caso que o pai pode sempre comprar.

E em consequência disso, a criança perde a real noção do seu próprio poder aquisitivo. E em consequência disso perde a noção daquilo que ela pode ou não realizar. Na maioria das vezes a consequência é EU QUERO, EU POSSO, EU FAÇO, EU MANDO e na primeira contrariedade vira CRISE existencial, anorexia, uso de drogas. E o restante já sabemos.

  • Noções de educação informal (aquela aprendida em casa, na igreja, na comunidade etc) e Noções daquilo que é competência da Escola e aquilo que é competência da Família;

Para a maioria dos pais, aquelas Teorias Educacionais que todos ouvimos falar:

  • Pais comprometidos com a educação escolar, abertura da Escola para a comunidade,

foi confundida arbitrariamente por:

  • A Escola é responsável pela educação do meu filho.

A Instituição Escola não deve ensinar ao seu filho : hábitos saudáveis de alimentação; como respeitar os seus semelhantes ou amigos; como eu devo respeitar professores e as pessoas com mais idade; que o meu direito termina quando começa o direito do meu amigo ao lado, que o lixo se joga no lixo, que eu devo reciclar alguns itens para a preservação do meio ambiente, que eu não devo jogar o lixo pela janela do carro, que eu devo respeitar os animais e não devo distruir o verde etc.

Depois ouço assim na porta da escola: a Educação não é a mesma de antigamente. Hoje em dia os educadores não são como antes, não estão gabaritados para assumirem as aulas, os níveis das escolas caíram.

Obviamente, se o professor precisa ensinar ao seu filho:

  • Hábitos saudáveis de alimentação;
  • Hábitos saudáveis de higiêne;
  • Hábitos ecologicamente corretos;
  • Noções de direitos deles de dos outros;
  • Respeito;
  • E Educação formal: Português, Inglês, Ciências, Matemática, Educação Física, Artes, Química, Física, Biologia etc.

É se considerarmos tudo isso, realmente a Escola está sobrecarregada, ela não dará conta disso tudo.

Porém, se a escola não ensinar isso, no conceito atual dos pais, a mesma, não possue um bom ensino.

É a ESCOLA que não possue um bom ensino?

Ou é a FAMÍLIA que perdeu a noção de LIMITES.

VAMOS RACIOCINAR, PESSOAL !!

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Luciana Pelosini